Cascudo - Biblioteca Virtual

Artigos

Câmara Cascudo iniciou sua atividade intelectual como jornalista, função que desempenhou, ininterruptamente durante 48 anos, de 1918 a 1966. Seu primeiro artigo foi publicado no jornal “A Imprensa”, de propriedade do seu pai, Coronel Francisco Cascudo, que funcionou de forma autônoma de 1914 a 1927. Neste jornal sua coluna intitulava-se “Bric-a-Brac”, expressão francesa que significa amontoado de coisas velhas à venda, ou ainda, baú de onde se tiram coisas novas e velhas.  Depois do fechamento do jornal “A Imprensa”, ele passou a escrever a referida coluna no jornal “A República”, que era, na época, o maior veículo de comunicação do Estado do Rio Grande do Norte. A temática da coluna era a mesma e abrangia apreciação de livros, pequenas biografias, crônicas sobre aspectos da cidade e do estado. Neste jornal, ele criou três colunas: Biblion, onde comentava livros de escritores locais e de outros estados, que foi mantida de julho de 1928 a 1933; Biblioteca, lançada em maio de 1939 e publicada quase diariamente até setembro deste mesmo ano; e finalmente, Acta Diurna, mantida até 1946. Esta última adquiriu um caráter extremamente importante, pois serviu de germe inicial de muitas de suas obras posteriormente publicadas.    Segundo suas próprias palavras, “Acta Diurna era uma espécie de jornal diário, uma folha onde os acontecimentos do dia eram fixados pelas autoridades de Roma, para conhecimento do povo. Pregavam-na a uma parede num dos edifícios do Fórum. No ano 131, antes de Cristo, já existia a Acta Diurna, informando ao cidadão romano as novidades ou diretivas governamentais.(...) A minha é uma Acta Diurna que recorda o pensamento que presidiu meu dia. Fixo a minha impressão diária sobre o livro, uma figura ou um episódio, atual ou antigo” (Acta Diurna, A República, 03 de agosto de 1943). A coluna não se limitou ao jornal “A República”, tendo sido publicada de 1947 a 1952 no jornal “Diário de Natal’ e de 1959 a 1960, voltando a ser publicada pelo jornal “A República”. Ao todo, segundo Itamar de Souza (Câmara Cascudo: Vida & Obra, Natal: Diário de Natal, Fascículos de 01 a 11, 1998) foram publicados 1.848 artigos intitulados “Acta Diurna”.

Além de escrever em jornais de Natal, Cascudo publicou artigos em diversos jornais do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco. No Diário de Pernambuco, ele escreveu de 1923 a 1931.

Como jornalista, ele foi, além de repórter, um precursor do “jornalismo cultural”, introduzindo temas como história, geografia e folclore, fato inédito até o momento. Temas como “Sapato emborcado” (Acta Diurna, A República, 31 de dezembro de 1944), “O Luto foi branco?” (Acta Diurna, A República, 17 de abril de 1945), “Pela Capela de Cunhaú” (Acta Diurna, Diário de Natal, 03 de dezembro de 1949), levantaram questões desconhecidas do grande público leitor e engrandeceram, de forma inequívoca, o conteúdo jornalístico da época.

O acervo de artigos de jornal escritos por Câmara Cascudo estão em fase de digitalização e podem ser consultados, mediante solicitação prévia, na sede do Instituto Câmara Cascudo.

Ludovicus - Instituto Câmara Cascudo

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